EP#7
Publicar ou perecer
Nos últimos anos, cresceu o número de revistas científicas que publicam artigos meia-boca por dinheiro, ou que só existem pra fazer dinheiro mesmo. Além disso, tem pesquisador disposto a manipular ou a inventar dados para provar um ponto. E tem inclusive gente que produz artigos completamente inventados aos montes.
Por trás de tudo isso, há pesquisadores pressionados para publicar o máximo de artigos possíveis. Quanto mais alguém publica, mais prestigiado é na academia, mesmo se os seus artigos forem toscos ou feitos às pressas. É o que se chama na academia de publish or perish, publicar ou perecer.
Entre periódicos predatórios, fábricas de artigos falsos e dificuldades para pesquisadores com menos recursos publicarem seus achados, como fica a ciência? E qual a solução para isso?
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ENTREVISTADOS
Luiz Augusto Campos
sociólogo, professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e editor-chefe do periódico científico Dados.
Abel Packer
co-fundador e diretor do programa Scielo. Ele é especialista em desenvolvimento de projetos de gestão de informação e conhecimento científico.
Leo Costa
fisioterapeuta que já foi editor de algumas revistas científicas. Ele tem nas redes sociais o perfil “Prática Baseada em Evidências”.
Bianca Amaro
coordenadora do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
Fhillipe Campos
bibliotecário que também trabalha no Ibict, e um dos responsáveis pelo estudo sobre periódicos predatórios que a instituição organizou.
Denise Andrade
bibliotecária do Ibict, e principal autora deste estudo sobre os artigos predatórios.
Zila Sanchez
professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e editora-chefe do Journal of Prevention.
microbiologista e consultora em integridade científica e ética em publicações.
Elizabeth Bick
microbiologista e consultora em integridade científica e ética em publicações.